sábado, 30 de julho de 2011

Vida profissional e maternidade: um dilema da mulher moderna.

Uma das grandes preocupações das mães que trabalham fora  é em relação aos filhos. Será que o fato das mulheres  ficarem ausentes de casa por grande período de tempo enquanto se dedicam à vida profissional pode trazer implicações ao comportamento dos filhos?  A verdade é que durante muito tempo mulheres bem sucedidas em suas carreiras tiveram que conviver  com essa culpa ou pelo menos com a dúvida, assim viveram divididas entre a busca de dignidade para sua família através de sua contribuição financeira e a educação e cuidado com os filhos. O principal fator que reforça esse dilema é o tempo para conviver com os filhos e educá-los.   Embora a quantidade de tempo para conviver com a família seja realmente reduzida pela jornada de trabalho da mãe, isso não implica na qualidade desse convívio. Da  mesma forma,  passar o dia todo em casa, nem sempre significa dedicação aos filhos. Por isso é necessário aproveitar cada segundo para dialogar com os filhos, brincar juntos, conhecer o desenvolvimento deles na escola, falar sobre suas amizades e pessoas novas que tenham conhecido. E é assim que a educação acontece! Naturalmente no dia a dia, através do diálogo, durante o tempo que a família fica junto, independente se são doze horas ou uma hora.   Tudo é uma questão de valores familiares e desses valores é que não se deve abrir mão. A mãe tem que saber que nem a vovó que cuida do neto, nem a titia que cuida do sobrinho, nem  a auxiliar de desenvolvimento infantil da creche ou  a professora da escola,  podem substituir o papel dela como mãe. Embora todas essas pessoas são fundamentais para educação e desenvolvimento dos filhos e devem ser vistas sempre como aliadas à missão da maternidade.

 Mas as mamães que  se dedicam aos filhos pequenos e à vida profissional simultaneamente podem ficar tranquilas! Novas pesquisas apontam que as crianças cujas mães trabalham fora se saem bem.



Confiram o texto postado  por Erí Campos em seu blog:        http://blogdoericampos.blogspot.com/



Morar com os filhos e dividir o sustento da casa é o cenário ideal para meninos e meninas


fonte: New York Times



Trabalhar fora não impõe danos sociais ou emocionais significativos para as crianças mais novas, segundo um novo estudo britânico. As conclusões vêm das informações compiladas pelo UK Millenium Cohort Study. Ele também revelou que as crianças se saem melhor quando pai e mãe trabalham fora e moram ambos junto com os filhos.

"Alguns estudos têm sugerido que trabalhar ou não no primeiro ano de vida de uma criança pode ser particularmente importante para o desenvolvimento dela mais tarde", observou Anne McMunn, a principal pesquisadora, em um boletim do Economic and Social Research Council, que financiou a pesquisa. "Neste estudo nós não vimos qualquer evidência de uma influência prejudicial sobre o comportamento da criança a longo prazo".
Os resultados do estudo sugerem que as mães que trabalham são diferentes das mães em tempo integral em vários níveis. Por exemplo, Anne observou que mães com um emprego remunerado são mais propensas a serem mais qualificadas academicamente, mais ricas e menos deprimidas.
As formas de influência de uma mãe que trabalha fora sobre o desenvolvimento de seus filhos estão mais ligadas ao gênero da prole. As meninas parecem ser mais afetadas pelos padrões de trabalho da mãe que os meninos.
Na observação de dificuldades comportamentais por volta dos cinco anos, os meninos se saíram melhor que as meninas nas famílias em que só o pai trabalhava fora, com a mãe presente em tempo integral dentro de casa.
No cenário oposto, quando apenas a mãe era o arrimo da família (comparado a famílias com renda composta), as meninas apresentaram resultados melhores.
No entanto, o estudo reforçou as evidências anteriores de que problemas comportamentais por volta dos cinco anos aparecem com mais frequência nas famílias em que ambos os pais estão desempregados, ou nos lares de mães solteiras.